A CORTIÇA

A cortiça é um material de origem vegetal da casca do Sobreiro, denominado cientificamente como "Quercus Suber".

Na Península Ibérica podemos encontrar vegetações naturais de Sobreiros, mesmo espontâneas, que dão lugar a densas paisagens Portuguesas e Espanholas. No nosso País, o Sobreiro faz parte da paisagem natural do Alentejo Litoral, Península de Setúbal, Baixa Estremadura, Serras Algarvias (à exceção de zonas próximas do Guadiana) e parte do Ribatejo.

Portugal é o maior produtor mundial de Cortiça. Quando extraída pela primeira vez - ao fim de cerca de 25 anos – é denominada por cortiça "virgem". A segunda extração, conhecida por "secundeira", terá que respeitar um intervalo mínimo de nove anos, assim como os descortiçamentos seguintes. Apenas a partir do terceiro descortiçamento é que se extrai a melhor cortiça, a chamada "amadia", indicada para o fabrico de rolhas.

Impermeável, elástica, inodora e sem transmissão de gosto, a cortiça é considerada um excelente vedante. É também resistente à deteorização quer através da idade, quer da atividade química, sendo biodegradável ou reciclável após a sua utilização. No entanto, não se pode restringir o uso da cortiça apenas à área vinícola. São várias as suas outras aplicações; revestimentos de solos, isolamentos (térmicos e acústicos), componentes para calçado, indústria automóvel, entre muitas outras. Responsável por um processo agrícola cheio de tradição e, simultaneamente, industrial e modernizado, a cortiça assume-se não apenas como um material português reconhecido internacionalmente, mas também como um símbolo de Portugal.